Você já se pegou preso em um ciclo de preocupações, imaginando mil cenários ruins que ainda não aconteceram? Essa sensação de um futuro incerto e ameaçador é o coração da ansiedade. Ela cresce quando nossa mente se projeta incessantemente no “ainda-não”, nos desconectando completamente do que está acontecendo aqui e agora.

Pense nisso: a mente ansiosa é como uma máquina do tempo desgovernada. Ela ensaia cenários, calcula riscos, e muitas vezes, cria verdadeiras catástrofes virtuais. Essa constante projeção no futuro gera um desequilíbrio temporal, onde o “agora” se esvazia, perdendo a cor e a vida. A perspectiva fenomenológica da psicologia entende que essa é uma experiência humana, mas que pode se tornar paralisante quando o futuro domina nossa consciência.

A boa notícia é que podemos reequilibrar essa balança!

Se a ansiedade está roubando sua paz, a psicoterapia existencial oferece um caminho profundo. Nela, exploramos o “porquê” de nos mantermos excessivamente no futuro. Estar sempre um passo à frente pode ser uma forma de:

• Evitar frustrações: Se eu imaginar o pior, talvez eu não me decepcione tanto.
• Adiar decisões: Manter as opções em aberto para não ter que escolher.
• Sentir algum controle: A ilusão de que prever o futuro nos protege.

Ao investigar esses “ganhos secundários”, você poderá resgatar sua liberdade de escolha, reduzir a ansiedade e aprender a se relacionar de modo mais realista com as incertezas da vida. A terapia existencial não busca eliminar a incerteza, mas sim fortalecer você para encará-la, vivendo com mais presença e autenticidade.